Agosto traz conta de luz bem mais cara: saiba quanto você vai pagar a mais
Em agosto, a conta de luz vai permanecer nas alturas, afetando diretamente o bolso do povo brasileiro, especialmente de baixa renda.
A conta de luz representa um dos principais custos mensais das famílias brasileiras, impactando diretamente o orçamento doméstico. Diversos fatores influenciam esse valor, entre eles a variação no consumo, os reajustes tarifários, os tributos embutidos e acionamento das chamadas bandeiras tarifárias.
Durante períodos de escassez hídrica, o sistema elétrico nacional precisa recorrer a fontes alternativas mais caras, como as usinas termelétricas, o que eleva significativamente os custos da geração de energia, que tendem a se manter altos.
Além disso, quando o volume de chuvas diminui e os reservatórios das hidrelétricas caem, o custo da produção energética dispara, refletindo imediatamente no valor pago pelo consumidor. Portanto, entender esses fatores se torna essencial para compreender o aumento constante nas contas.

Neste artigo, você confere:
Agosto deve manter a conta de luz mais alta
O mês de agosto começou com um alerta para os consumidores: a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) confirmou a aplicação da bandeira vermelha patamar 2, a mais cara do sistema tarifário. Essa decisão impacta todas as unidades consumidoras conectadas ao Sistema Interligado Nacional.
Como consequência, para cada 100 quilowatts-hora consumidos, será acrescido um valor de R$ 7,87 na fatura, o que pode representar um aumento significativo ao final do mês, especialmente em residências com consumo elevado.
Essa alta já apresenta efeitos concretos nos indicadores econômicos. Na primeira quinzena de julho, a energia elétrica residencial subiu 3,01% e respondeu pelo maior impacto individual no IPCA-15, contribuindo com 0,12 ponto percentual na prévia da inflação oficial.
Considerando que naquele período a bandeira vermelha estava no patamar 1, com valor adicional mais baixo, a projeção para agosto indica ainda mais pressão sobre os índices inflacionários. Diante disso, o cenário aponta para um período prolongado de contas mais altas, com influência direta no custo de vida.
A principal justificativa para essa elevação está na redução expressiva das chuvas em diversas regiões do país, o que compromete o nível dos reservatórios das hidrelétricas. Para evitar o risco de apagões, o Operador Nacional do Sistema (ONS) aciona usinas termelétricas, com custos de operação altos.
Essa dependência das fontes mais caras obriga o repasse dos gastos extras para o consumidor final, elevando os valores da conta de luz. Assim, o planejamento do consumo se torna ainda mais relevante diante desse contexto.
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Como funcionam as bandeiras tarifárias?
O sistema de bandeiras tarifárias foi criado em 2015 com o objetivo de informar ao consumidor os custos reais da geração de energia no país, variando conforme as condições de produção. Esse mecanismo utiliza cores para sinalizar se haverá ou não cobrança extra na conta de luz.
- Bandeira verde indica condições favoráveis de geração. Nesse cenário, não há custo adicional para o consumidor. É a mais vantajosa e sinaliza pleno funcionamento das hidrelétricas com reservatórios em níveis adequados.
- Bandeira amarela representa um leve aumento no custo de geração de energia. Ela adiciona R$ 1,88 a cada 100 kWh consumidos. Costuma ser acionada quando há risco de escassez hídrica moderada ou necessidade parcial de termelétricas.
- Bandeira vermelha patamar 1 implica um custo mais elevado e adiciona R$ 4,46 por 100 kWh consumidos. É utilizada quando a produção energética exige uso contínuo de usinas térmicas com custo mais alto.
- Bandeira vermelha patamar 2 é a mais cara e atualmente está em vigor. Acrescenta R$ 7,87 a cada 100 kWh na conta de luz, sinalizando que o sistema está operando em sua capacidade máxima com fontes de geração onerosas.
Esse modelo busca transparência ao consumidor e permite ajustes de comportamento conforme o custo da energia. No entanto, mesmo com esse aviso, o impacto no bolso continua sendo alto, especialmente em momentos de crise hídrica prolongada.
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Dicas para economizar na conta de luz
Diante da permanência da bandeira vermelha patamar 2 e da previsão de aumento contínuo na conta de luz, adotar medidas de economia se torna indispensável. Pequenas mudanças no dia a dia podem gerar grandes economias ao final do mês. Veja abaixo algumas práticas para reduzir o consumo:
- Troque lâmpadas incandescentes por LED: As lâmpadas LED consomem até 80% menos energia e possuem durabilidade muito superior. Essa troca impacta diretamente a redução do consumo mensal.
- Desligue aparelhos da tomada: Mesmo em modo standby, aparelhos como televisores e micro-ondas consomem energia. Retirar da tomada quando não estiverem em uso evita desperdício.
- Use o chuveiro elétrico com consciência: Durante os meses mais frios, o chuveiro costuma ser o vilão do consumo. Reduzir o tempo de banho e usar a posição morna economiza energia sem comprometer o conforto.
- Evite abrir e fechar a geladeira frequentemente: Manter a geladeira sempre fechada e com temperatura adequada reduz o esforço do motor, resultando em menor consumo energético ao longo do mês.
- Utilize eletrodomésticos com selo Procel A: Priorize a compra de equipamentos eficientes, identificados com o selo Procel de categoria A. Esses aparelhos consomem menos energia e são mais sustentáveis.
- Aproveite a luz natural ao máximo: Abrir janelas e cortinas durante o dia diminui a necessidade de iluminação artificial. Além de economizar energia, valoriza o ambiente com luz natural.
Adotar essas atitudes com regularidade pode representar não apenas economia na conta de luz, mas também uma contribuição significativa para a preservação dos recursos naturais e o uso mais consciente da energia.
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